Novembro da Dipanda


Estamos em Novembro.


Celebramos todos (os angolanos) há dias a passagem de mais um 11 de Novembro, dia da Dipanda. Como sempre, para lá da festança que o feriadão propiciou, deveríamos todos prestar-nos a um pequeno exercício de reflexão:
o que fazemos, o que temos feito, qual tem sido o nosso contributo para que Angola seja de facto um país diferente... bom para se viver, onde todos os meninos possam ter escola, onde a saúde seja uma direito ao alcance de todos, onde o emprego seja efectivamente uma via para a mobilidade social, onde todos possamos ter na mesa o pão, leite, arroz, cerne e batata. Que Angola seja efectivamente o país pelo qual os nossos heroís lutaram e sonharam. Sim, eles deram o seu contributo.
Pelo meio ficaram-nos as memórias do tempo. Eventos, acontecimentos, factos, personalidades. A nossa história faz-se disso. Muitos cacimbos, muitas chuvas, muitos mares e marés. Muitos angolanos.
O que temos todos de fazer actualmente é questionarmo-nos também do nosso contributo. Em função disso, podemos então alimentar os nossos sonhos.


A questão com que me deparo a seguir é esta: que Angola queremos para os próximos 35 anos? Podemos imaginar ao menos?


PS: Felicito vivamente os companheiros do Novo Jornal que fizeram uma edição extraordinária de memória. Abraços e muitas felicidades para todos, especialmente o Gustavo Costa que se encontra em convalescência e o António Freitas que se encontra de saída deste projecto editorial que é dos melhores, passe a modéstia, que se encontra, actualmente, em Angola no mercado de publicações.


Um Kandando para a Dipanda


Adebayo Vunge

Londres, 18 de Novembro 2010

Comentários

  1. Angola será aquilo que os angolanos quiserem que seja. Daí a importância de se reflectir sobre o presente e o futuro, não esquecendo aquilo que foi o passado.
    Um abraço,

    ResponderEliminar

Enviar um comentário