Já a pensar no próximo natal



Embora, com atraso relativamente ao ano passado, segue esta sugestão que para os mais atentos pode bem servir para a próxima consoada:

Vinhos para a Consoada

Desde há uns anos que esta é uma questão importante para os consumidores da bebida de baco. Ao longo do ano vem à baila, de vez em quando, a seguinte questão: "que vinho hei-de servir neste Natal?".

Os mais clássicos wine lovers têm esta questão resolvida logo no começo do ano, altura em que adquirem o vinho da sua escolha e guardam-no nas melhores condições para um consumo ideal na consoada. Outros receberão uma oferta para este propósito.

Isso entretanto não resolve a velha questão da maioria das pessoas: Que vinho? Tinto ou branco?

Há claramente, entre nós, nos tempos que correm, múltiplas escolhas, não se livrando a maioria das pessoas de se sujeitar as opções que vêem nos cabazes de natal, ainda muito comuns entre nós.

A consoada de natal tem tradicionalmente dois pratos. Um peixe – obviamente o bacalhau e um de carne, geralmente o peru assado, mas que alguns preferem outras opções mais inovadoras como o pernil, leitão, borrego ou mesmo pato.


O bacalhau é exigente, controverso mas aceita a companhia de muitos vinhos brancos, tintos e rosados bem escolhidos. Pessoalmente, prefiro um bom branco encorpado, de preferência com passagem pela madeira, mas há tintos mais frutados, com taninos suaves que guarnecem correctamente várias receitas com esse peixe fabuloso. Neste grupo dos brancos, a minha opção é sem dúvidas o Alfaraz, da Herdade da Mingorra do Henrique Uva, no Alentejo.


O tinto é mais complicado pela variedade de opções. Muitos deles têm tanino, aquele ingrediente que amarra a boca, como algumas frutas verdes. Sal e tanino não se dão mesmo e é comum aparecer um gosto metálico, de maresia. Os melhores para esta ocasião natalícia são os com pouco tanino, como os elaborados com a casta Pinot Noir (são tradiconais por isso os vinhos franceses da Bourgogne, ou do Novo mundo - Califórnia, Argentina e Chile).


Mas há quem prefira ser conservador na escolha dos vinhos e portugueses. Para estes, há mais opções de escolha – Quinta dos Patudos, Duas Quintas, Cabeça de burro. E se o bolso não for problema, e porque ocasião assim o justifica arrisque o Scala Coeli ou o Pera Manca.


E se mais dúvidas houver, deixe-se estar pelas prateleiras de um supermercado ou gourmet. Neste quesito as melhores opções de prateleiras com óptima conservação e serviço de vinhos ainda são a Martal, Casa dos Frescos, Pomobel, Maxi, Vintage, loja gourmet da Atlanfina e o Gourmet do Belas.

Bom natal.

ADEBAYO VUNGE

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