Estou de volta a minha terra. Foi longa esta última temporada no estrangeiro, divido entre Paris e Londres. Cidades lindas, cidades maravilhosas. Mas estranhamente prefiro Luanda, apesar da degradação da cidade, mesmo com o trânsito caótico. É esta Luanda que adoro, aquela marginal, a periferia, a maianga, o maculusso, o marçal, a vila-alice. A cidade, com os seus bairros e as gentes. Esta é a minha terra... a minha realidade. Acredito na mudança. Nada está perdido. Tudo depende somente de nós, da nossa criatividade, da nossa destreza, da nossa competência para transformamos o lixo em flores, o caos em beleza e os musseques em verdadeiras cidades.
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