Uma nova imagem de Angola


O Presidente da República chamou nesta segunda-feira atenção aos diplomatas angolanos no sentido de promoverem uma nova imagem de Angola no exterior do País, principalmente ali onde eles estão acreditados.

Na visão do Presidente, de que aliás corroboramos integralmente, um dos baluartes dessa nova imagem é a Cultura. A ela ligada poderemos acrescer também o desporto e o turismo.

O mundo tinha até pouco tempo uma imagem de Angola muito vincada a fome, pobreza e guerras, no que de pior houve no continente. Gradualmente esta imagem está a mudar para a ideia do crescimento económico, mas mais preocupante ainda de um novo el-dorado. Se isso tem algumas vantagens, tem também muitas desvantagens que urge agora corrigir.

Angola que não é só Luanda tem um clima fantástico. Tem recursos abundantes e que bem aproveitados tornam de facto o País numa verdadeira potência. Temos sol, temos deserto, temos florestas, rios enormes, montanhas e algumas mudanlças de relevo pelo País. Falta-nos apenas um pouco de mais infra-estruturas e o trabalho de divulgação de imagem do País, de divulgação de uma nova Angola, aberta ao mundo e a modernidade, com gentes maravilhosas hospitaleiras, de uma cultura secular, rica e digna de estar exposta para o mundo.

Como ficou patente no primeiro dia de trabalhos do conselho consultivo do Ministério das Relações Exteriores na era do triunvirato "Chicoty - Augusto - Mangueira" não falta trabalho, falta talvez uma maior audácia e organização para possamos tirar dividendos desta manancial que corteja o nosso território. Para que deixemos de pensar apenas no petróleo e nos petrodólares. Que olhemos mais para as nossas gentes na sua dimensão cultural, com base no cruzamentos de uma matriz bantu-africana e outra euroc~entrica, mas cujo resultado criolo pode produzir resultados ainda mais expressivos para o mundo. Da literatura ao cinema, da dança ao teatro passado ainda pelas artes plásticas, pela arquitectura e outras manifestações há aqui um enorme trabalho de divulgação que deve ser feito com base em acções devidamente concertadas. Os nossos Yuris, Flores, Bongas (pela música), Oles (Cinema e Artes), Mantorras, Jean Jacques (desporto), Safecas (conhecimento e inovação) devem ser ancorados neste trabalho de promoção da Marca Angola que é de todos.

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