Juventude Angolana

Desde Hoji Ya Henda e de muitos outros jovens anónimos que pereceram na luta que a juventude angolana tem vindo a dar o seu contributo no processo de construção da Nação Angolana.
Esta participação continuou plena ao longo destes anos, ora na frente de combate, ora no meio civil, contribuindo com o seu saber - muito ainda por aprender - para este processo.
Uma análise mais rigorosa sobre a realidade, despidos de qualquer tendência partidária ou ideológica obriga-nos a estar confrontados com uma realidade que não sendo de sorriso aberto faz-nos acreditar no futuro, mas ao mesmo tempo lamentar pelos constrangimentos que ainda se sentem em várias áreas da nossa vida nacional.
Há portanto grandes desafios para a nossa juventude no sentido de agarrar o touro pelos cornos e conduzir este processo de mudança por uma Angola melhor, por uma Angola de todos.
Contra todo o discurso político, o que, em meu entender, os jovens mais esperam do País é que seja capaz de lhes responder os anseios em matéria de emprego, habitação e educação.
Se é certo que um país não se faz apenas de doutores, também não é menos verdade que nos faltam ainda milhares de doutores e doctores. E para tal, será necessário uma aposta dos jovens e nos jovens e assim invertermos a lógica das consultorias externas que deverão ser substituídas pelos quadros nacionais, bem formados e massinavemente formados.
Por outro lado, em determinadas áreas da nossa vida, continuamos a notar alguns conflitos de geração, é natural, mas em alguns casos com proporções alarmantes. É o entusiasmo dos jovens, alguma imaturidade, a impaciência de alguns kotas que faz com que alguns jovens cometam erros, mas com conhecimento e saber fazer competitivos a escala global.
Longe das abstrações filósoficas de que a juventude é ume stado de espírito será aqui necessário olharmos de facto para a camada juvenil localizada numa determinada faixa etária, no nosso caso entre 15-35 (40 forçados) anos de idade. O que pensam? O que querem? O que fazem? que sonhos e expectativas têm sobre o País?
Falta algo mais para além dos kuduros e cerveja. Falta mais massa critica, falta mais conhecimento, falta mais idealismo - o que dizer do jovem que aos 18 anos não é comunista? - falta algo mais sobre o qual os jovens possa entreter, sem ser medíocre e nivelado por baixo.
O que não faltam entretanto são jovens com valias significativas para este país como: Adão de Almeida, Gilberto Luther, Norberto e Henrique Capessa (sem serem parentes), Sérgio Santos, Aguinaldo Guedes, Sebastião Lino, Mário Fernandes, António Luvualu, Sebastião Vemba, Sergio Rescova, Yuri da Cunha, Ondjaki, Abreu Paxe, Carlos Almeida, Alvaro Fernandes, Luís Dambi, Cremildo Paka, Nsingui André, Rossana Miranda, e muitos outros, por sinal anónimos, mas que vão dando o seu melhor por uma Angola melhor.

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