O Congresso extraordinário do "Emé"


Foi esta sexta-feira em Luanda aberto o IV Congresso extraordinário do MPLA.

Havia muito barulho em torno do Congresso. Alguns vaticinavam e especulavam sobre eventuais mudanças nas estruturas do Emé, mas está já claro que estas mudanças serão decididas a posterior e noutro fórum.

Para já, na voz dos seus dirigentes, este Congresso do MPLA irá se debruçar principalmente sobre o balanço da governação e aí, as opiniões poderão divergir grandemente. Porquê, porque receio que no lugar de se fazer uma avaliação irão se buscar apenas subterfúgios, evasivas e razões para justificar o resultado, passando de lado ao real resultado. Mas isso é política.

Saltou-me a vista que na última semana, começou-se a ensaiar entre os camaradas o rol de desculpas para explicar o que foi feito ou não foi feito ao longo destes anos três anos de governação.

E o resultado, para mim, é inferior a expectativa. Qualquer um de nós, independentemente das razões, estava a espera de algo mais. Assim, numa razão de 0-10, a minha classificação é de 5,5. Dá para passar o aluno, mas sem qualquer brilharete e estava a espera deste depois dos 82 por cento em 2008.

Houve a crise, mas esta não explica tudo. Precisamos melhorar. Precisamos aumentar a produtividade. Criar mais empregos. Já para não falar das questões sociais como na saúde e na educação para sectores da população como a juventude, a infância, as mulheres e os antigos combatentes.

Há trabalho, devo reconhecer, mas ainda falta fazermos mais. E o MPLA enquanto partido que governa tem de mobilizar neste congresso, os seus camaradas para algo mais seja feito no tocante as principais promessas eleitorais como emprego e habitação. As novas centralidades devem começar a sair. E esta obra talvez sirva como a melhor parte do balanço deste ciclo eleitoral de 4 anos que encerram no próximo ano.

Do Congresso fica a expectativa para o final. dentro de dias falaremos.

Adebayo Vunge

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