Estes tempos, o mundo anda muito agitado. Foi a hecatombe japonesa, é a primavera do magreb que provocou a queda inesperada de alguns presidentes, é ainda o problema pós-eleitoral na Cote d´Ivoire e ainda a crise económica que abala os alicerces da economia europeia com Portugal é ser a última vitima do problema. E somos nós também com as nossas malambas no sentido de tocar este país para frente, ao contrário do que é a vontade de alguns sectores identificados.
Qualquer um de nós terá de ter o seu posicionamento próprio sobre o que se está a passar. Cá para mim, a situação por ora que mais me preocupa é a da Costa do Marfim onde, acima de todas as razões, está também a questão da soberania que fica ameaça em função do enxovalhamento do Presidente Gbabo pelas forças franceses que tentam desmentir a sua atitude.
Somos contra as tentativas de manipulação da realidade política africana. Somos contra qualquer manifestação de neocolonialismo. E sugiro, para os menos atentos, uma leitura ao livro França contra África do falecido politologo camaronês Mongo Beti. Os órgãos de soberania dos Estados devem ser respeitados, ainda mais estrangeiros.
Mas também somos pela alternância democrática e pelo respeito da vontade dos eleitores ivoirienses expressas nas urnas. Ninguém tem o direito de se auto perpetuar no poder, ainda mais contra a vontade expressas nas urnas do seu próprio povo. E não nos venham agora com a necessidade de uma democracia a africana que as pessoas só falam disso quando é hora de deixar o poder porque quando ascendem ao poder todos querem a democracia a ocidental.
África minha, nossa, às quantas andas?
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