Há muito que os teóricos têm se batido para o facto do Direito Internacional Público se revelar ineficaz para os desafios que a realidade política internacional do século XXI nos apresenta. Efectivamente, desde o 11 de Setembro que esta realidade se agudizou e as organizações internacionais têm-se revelado inadaptadas e com pouca força para fazer face aos acontecimentos.
Por isso, só assim se explica a passividade da União Africana em relação aos últimos acontecimentos em África, ditados pela NATO a coberto das Nações Unidas. O que se passou agora na Líbia, para lá das razões que se invoquem é um golpe rude e baixo.
Continua a ser um sinal claro da neocolonização, da lógica dos mais fortes a pretexto da liberdade e dos Direitos Humanos na óptica de quem pode. As lideranças políticas e intelectuais africanas têm-se revelado dissonantes, sem coesão e distantes uns dos outros, o que é muito grave para o continente e para muitos deles.
Comentários
Enviar um comentário