Museu com crianças

Estou em Paris por razões profissionais e a cumprir uma missão de serviço em nome do Estado angolano, uma missão que tem sido enriquecedora, sob todos os pontos de vista, seja pessoal quanto familiar, mas profissional principalmente.

Paris é uma cidade fascinante. E, se conhece-la inicialmente pelas viagens como turista já tinha sido muito bom, agora, conhecer vivendo aqui tem sido um banho cultural muito interessante e "que mi gusta mucho", expressão que virou moda ler nas redes sociais para expressar algum contentamento. Eu que gosto de conhecer cidades novos e comparando com o que se vê aqui, com o que isso, rapidamente nos apercebemos que estamos diante de uma realidade encantadora, sui generis, ao lado de Londres, Bercelona, Roma e até Berlim.

Mas uma coisa de que muito prezo, juntamente com a minha belle femme, aqui é a educação que podemos dar aos miúdos e creio que aqui eles têm a oportunidade de viver certas experiências, conhecer coisas únicas, de Paris... E tem sido assim, principalmente graças à escola ou às viagens e passeios que vamos fazendo aqui e acolá registados ora na mente ora na memória de uma qualquer


maquina fotográfica ou telefone.

Ainda não tinha ido com os meus filhos para um museu. Porquê? Porque receava passar por uma vergonha daquelas, dadas as rixas que eles vão tendo, volta e meia, quando saem juntos. Por isso, eu e a Emmamor, minha querida mulher, decidimos então leva-los separadamente. Coube a vez ao Gabriel, com quem estive no Petit Palais e na Sainte-Chapelle, local onde o antigo Rei de França assistia as suas missas particulares e que hoje fica dentro do Palacio da Justiça em Paris.

A visita foi guiada e sugerida pelo Miguel Martins, amigo e jornalista português ao serviço da RFI, acompanhados também pelo Mayembe que é um artista plástico angolano que trabalha em vários materiais, principalmente pedra.

Chamou-me atenção não ter-me cruzado com crianças, sindroma sob o qual não serei o único a padecer nesta metropole. Entretanto, o proprio Gabriel gostou, fez os seus comentários e associaçoes o que me deixou bastante satisfeito, fora as troças que foi fazendo de uma cena que vivemos enquanto passeamos.

Se a escola cumpre o seu papel, tenho para mim que a familia, os pais são absolutamente fundamentais para passar para as crianças o gosto pela cultura em todas as suas manifestaçoes, seja na leitura, no cinema, na música ou ainda nas artes. Gostei, de facto, do que vivi e de ter estado com o do meio nesta experiência. Segue-se o primogénito.

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