É uma notícia chata, ingrata. A morte do Américo Gonçalves deixa-me muito triste porque foi-se uma das grandes referências do jornalismo angolano. Uma das minhas maiores referências de cronista na imprensa angolana, que cada vez mais escasseiam.
Era também o empregador que lançou uma grande fornalha de jornalistas que ainda hoje circulam no nosso mosaico jornalístico. Eu próprio, ainda imberbe, encontrei o meu primeiro estágio, aos 16 anos de idade, no Jornal Angolense, de que era director e Graça Campos chefe de redacção, nas instalações onde hoje é a clinica Horton pediátrica, que edificou com a sua esposa, Dra. Aline. Nessa altura, lembro-me de ter já encontrado outros jovens como Euclides Tandala Francisco, o José dos Santos, ou o Paulo Muhongo que ao lado de "feras" como o Silva João Candembo, Sousa Neto e Virgilio Coelho, faziam indiscutivelmente o melhor jornal da época.
Alguns anos depois, com outras andanças, apareceu em minha casa, ao lado do também falecido Pascoal Francisco para convidar-me a integrar a equipa. O projecto não era mais o mesmo. As makas deram corpo a uma divisão com contornos judiciais, mas, ainda assim, aceitei o desafio. Ele tinha sempre uma palavra amiga e uma dica sábia. Muito culto, Irreverente e intenso. Foi com ele que conheci e aprendi a gostar do também falecido João Ubaldo Ribeiro e Umberto Eco. Era um fervoroso amante da literatura, como ficou selado na sua passagem pelo Vida & Cultura do Jornal de Angola.
Fisicamente franzino, mas muito persistente. Deixa-nos um legado enorme, com destaque para os títulos: Angolense e A Capital de que foi mentor e accionista, marcando assim uma etapa que um dia analisaremos noutro forum, da história do jornalismo angolano pós-independência.
De resto, ficam várias lembranças. Da redacção, dos copos e de muitas horas de conversa e várias piadas que tão bem sabia contar para alegrar a malta.
Por tudo isso e muito mais, que não caberiam agora neste mero post rendo a minha homenagem a este GRANDE JORNALISTA e AMIGO. À família, os meus pêsames. Até sempre.
O Américo, como lhe chamava, foi um Jornalista de quem lembro a sua mestria em titular reportagens ou ainda encontrar manchetes para a primeira página do jornal. Era um artista. Um inspirador. Era ainda o Professor que sempre se mostrou preocupado e interessado em ensinar os mais novos jornalistas os verdadeiros caminhos da profissão, do rigor e da importância de escrever claro.
Era também o empregador que lançou uma grande fornalha de jornalistas que ainda hoje circulam no nosso mosaico jornalístico. Eu próprio, ainda imberbe, encontrei o meu primeiro estágio, aos 16 anos de idade, no Jornal Angolense, de que era director e Graça Campos chefe de redacção, nas instalações onde hoje é a clinica Horton pediátrica, que edificou com a sua esposa, Dra. Aline. Nessa altura, lembro-me de ter já encontrado outros jovens como Euclides Tandala Francisco, o José dos Santos, ou o Paulo Muhongo que ao lado de "feras" como o Silva João Candembo, Sousa Neto e Virgilio Coelho, faziam indiscutivelmente o melhor jornal da época.
Alguns anos depois, com outras andanças, apareceu em minha casa, ao lado do também falecido Pascoal Francisco para convidar-me a integrar a equipa. O projecto não era mais o mesmo. As makas deram corpo a uma divisão com contornos judiciais, mas, ainda assim, aceitei o desafio. Ele tinha sempre uma palavra amiga e uma dica sábia. Muito culto, Irreverente e intenso. Foi com ele que conheci e aprendi a gostar do também falecido João Ubaldo Ribeiro e Umberto Eco. Era um fervoroso amante da literatura, como ficou selado na sua passagem pelo Vida & Cultura do Jornal de Angola.
Fisicamente franzino, mas muito persistente. Deixa-nos um legado enorme, com destaque para os títulos: Angolense e A Capital de que foi mentor e accionista, marcando assim uma etapa que um dia analisaremos noutro forum, da história do jornalismo angolano pós-independência.
De resto, ficam várias lembranças. Da redacção, dos copos e de muitas horas de conversa e várias piadas que tão bem sabia contar para alegrar a malta.
Por tudo isso e muito mais, que não caberiam agora neste mero post rendo a minha homenagem a este GRANDE JORNALISTA e AMIGO. À família, os meus pêsames. Até sempre.
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