Angola continua a sua marcha pelo desenvolvimento, tendo como opção a construção de um conjunto de infra-estruturas que se revestem de um caracter fundamental. É o caso das linhas dos caminhos de ferro de Luanda-Malange, de Benguela ao Luau e do Moçamedes ao Menongue. Qualquer um deles tem um prisma vital no sentido de acelerar o desenvolvimento, principalmente tendo em vista o transporte de mercadorias, melhorando a eficiência logística do País.
Neste sentido, considero que o os caminhos de ferro em Angola, enquanto meio de transporte fundamental e barato para o transporte de mercadorias, tal como a energia, são indutores do desenvolvimento e contribuem significativamente para a redução das assimetrias regionais na medida em que o leste de Angola pode agora ter acesso facilitado aos bens produzidos noutras regiões ou importados. Como a região tem ainda em fase de construção muitos milhares de quilómetros
de estradas, a presença do CFB, para os comerciantes, camponeses e industriais, para além da própria população, vem facilitar-lhes grandemente a vida.
Se o corredor Luanda-Malange tem uma distância moderada dentro dos patamares geográficos de Angola, o mesmo não se pode dizer da faixa que vai do Namibe ao Menongue ou ainda do Lobito ao Luau, com uma extensão de 1344 km, ou seja, de Paris à Cracovia. É um corredor importante para o país, mas tem em si uma vitalidade trans-fronteiriça e um interesse regional, na medida em que beneficia as regiões limítrofes da RDC e Zâmbia onde se procede a exploração de fartos minérios e cujo escoamento para os seus mercados internacionais é facilitada pelo Porto do Lobito, transportados nas linhas do CFB.
Sem dúvidas, e num gesto invulgar em África, o Presidente José Eduardo dos Santos convidou os seus homólogos daqueles dois países para assistirem a inauguração e chegada do comboio à fronteira. Com isso, o projecto, em cujo financiamento chinês foi vital, ganha também o engajamento destes dois governos para que num futuro breve possamos assistir a sua utilização em beneficio conjunto.
É claro que a parte de infra-estrutura fundamental está feita e operacional, numa visão do governo angolano sob a liderança do Presidente José Eduardo dos Santos. É claro, mais uma vez, que os benefícios do desenvolvimento do sistema de transportes têm um impacto directo na vida dos cidadãos, a quem se pede civismo e cooperação para a longevidade deste empreendimento.
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